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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A SOLIDÃO SUMIU




A SOLIDÃO SUMIU
Ysolda Cabral


Do corte no pé escorre o sangue.
A ferida é dolorida e sem curativo,
só me resta torcer para que estanque.

As marcas deixadas pelo caminho,
não valem nada! Nenhum lance...
Lembram apenas solidão e desalinho.

Sofrendo numa manhã de domingo,
dentro deste apartamento vazio,
sinto a falta de um bom e fiel amigo.

E pondero:
Será que minha filha tem razão
quando diz que é preciso ter um cão?

Ah filha! Não se anime não, viu?
De trabalho, e dobrado, abro mão.
Só de pensar a solidão sumiu!