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domingo, 29 de setembro de 2013

NÃO SOLTA A MINHA MÃO


NÃO SOLTA A MINHA MÃO
Ysolda Cabral


Hoje é Domingo!  O dia está lindo, lindo!
Você está comigo e  juntos, sorrindo,
vamos felizes seguindo...

Seguindo  junto com o dia…
No coração muito amor e alegria,
agradecendo a Ele a primazia,
de sermos paz e harmonia,
na vida realidade da mais pura poesia.

Não solta a minha mão!
Vamos viver esse sentimento, essa emoção,
sem receio de seguir por caminhos desconhecidos.
Se neles existirem mais espinhos que flores,
não importa! Saberemos cuidar de nossas dores.

Praia de Candeias - PE
29.09.2013
Num dia de Domingo...

      ********


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O GOSTO DE VOCÊ

O GOSTO DE VOCÊ
 Ysolda Cabral

 
Um papel A-4 ou de carta,
 Um pequeno, médio ou grande envelope,
 Um guardanapo, até usado...
 Um maço de cigarros vazio, amassado,
 Em qualquer pedaço;
 Um pouco de você!
 
Um fettuccine,
 Um salmão bem preparado,
 Um mate gelado,
 Um abacate,
 Um suco de açaí...
 
Aí de mim!
 
Um bumbum de mulher,
 A transitar no shopping;
Ah, não me decepcione!
 Você pra mim é top, é elegante!
 
E nesse vai e vem de imagens,
 Vou diluindo a saudade,
 Sentindo na boca o gosto,
  De um chocolate amaro.
 
Gosto de quem não está aqui.
 
*****
 
Da Praia de Candeias -PE
26.09.2013
Numa manhã clara

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS


CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS
Ysolda Cabral


Mas, contudo, todavia...
O dia se foi, a noite chegou,
E me encontrou em agonia.

Não rezei a Ave-Maria!
Apenas uma pequena rebeldia,
E um pouco mais de pecado.

Amanhã é outro dia, isso é fato!
Vou dormir e sonhar bem alto,
Quem sabe amanheça pássaro...

E, como pássaro não precisa rezar,
Estarei livre de todos os pecados,
E nunca mais vou me rebelar.

Mas, contudo, todavia...
Se você me disser bom dia,
Eu vou voando lhe encontrar.

Recife-PE
25.09.2013
Em devaneio pra desopilar 

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Um comentário digno de destaque, posto que o Poeta Oklima até em comentário é poesia.



25/09/2013 20:52 - oklima


Às dezoito horas de hoje eu rezava o Ângelus: " O Anjo do Senhor anunciou a Maria,e Ela concebeu do Espírito Santo. Ave Maria? Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra. Ave Maria? E o Verbo divino se fez carne e habitou entre nós. Ave Maria? Rogai por nós Santa Mãe de Deus para que sejamos dignos das promessas de Cristo." E pedia por quem amo sorrisos de beira mar, na Praia de Candeias. Aplaudindo-te beijos pelo poema e te beijando abraços em cada verso, Odir.

UM NOVO DIA


UM NOVO DIA
Ysolda Cabral


No amanhecer de cada novo dia,
Há esperança de dia bom...
Bom sem atropelos, sem fantasia,
Com notícias boas e de bom tom.

Tom maior... Suave Ser!
Trazendo somente amor e alegria,
Gosto de viver com estesia
Até não mais poder.

Chega de notícia ruim!
Chega de sonhar, de sofrer...
Quero que coisas boas venham a mim,
Ainda nesta vida para viver.

Não quero deixar nada pra depois!
Depois tem cara de nunca, de jamais.
Não deixe isso acontecer com nós dois!
É tempo de parar com tantos mas...

Recife-PE
25.09.2013


Ysolda Cabral

terça-feira, 24 de setembro de 2013

DIA DE ONTEM


DIA DE ONTEM
Ysolda Cabral


Tensa, atenta, estou atada.
Salas e corredores de dores,
Ninguém faz  nada!

Fico  reticente, indignada, pasma.
Questiono a existência
De um analgésico, um antialérgico...

Um soro, um rosto sorridente
Que traga conforto, alento,
Ou coisa que o valha...

Sento, levanto, não sou santo!
Não consigo me concentrar na reza.
O ambiente é de guerra...

Nele sou mera acompanhante,
Sobrevivente de um dia que,
Graças a Deus, foi ontem.

Recife-PE
24.09.2013

*********
Recanto das Letras
Em 24/09/2013

Código do texto: T4496607 

domingo, 22 de setembro de 2013

CORAÇÃO APAIXONADO



CORAÇÃO APAIXONADO
Ysolda Cabral


Apaixonado e feliz
Meu coração diz
Que a noite não mais assusta
Que a inconstância do Tempo
É culpa do Vento
Que se perdeu numa curva

Apaixonado e feliz
Meu coração está calmo
Calmo que nem passarinho seguro
Do ninho que escolheu
Para passar a noite
Quando fria e escura

Apaixonado e feliz
Meu coração bate forte
Sabendo de sua sorte
Em viver para sempre 
No amor que a gente sente
Amor  lindo, puro e  nobre.

Recie-PE
22.09.2013
ysolda


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

QUASE MORRIA OU IA PRESA HOJE



QUASE MORRIA OU IA PRESA HOJE
Ysolda Cabral

                                                                                                                                    
As coisas mais inusitadas acontecem comigo... Hoje, antes das sete, no trajeto casa/trabalho, peguei um engarrafamento desgraçado na Av. Beira Mar, na altura do Parque Dona Lindu. - Ô Parque para tumultuar a vida da gente, meu Deus! Também, construído num local inapropriado e apertado demais para seu tamanho agigantado! Só podia dá nisso!  Mas, o fato é que, a situação estava bem difícil e muito mais para mim que...

·  recém saída de uma licença médica, por conta de um tombo que levei dentro de um coletivo, no último dia 10, o qual machucou a minha região lombar, dirigia com certa dificuldade;

· o calor me consumia – havia esquecido de abastecer meu carro e não podia ligar o ar-condicionado, sob pena de minha situação piorar;

·  e, como se não bastasse, o cinto de segurança ao invés de cumprir a sua obrigação de zelar por minha vida, queria era me enforcar, levando-me à exasperação absoluta e a ter que estar me defendendo dele a cada cinco metros percorridos.

Pense numa agonia!

Depois de muita peleja, resolvi dar-lhe uma ‘’chave de braço’’ e ao deixá-lo ali neutralizado, me senti aliviada.

Logo à frente, um policial de trânsito me parou.

- A senhora está sem o cinto de segurança!  Falou, aborrecido. Vai ver que tinha brigado com a namorada, pensei...

- Coloque o cinto, minha senhora!  Mostrei que estava com o cinto, mas por baixo do meu braço e expliquei-lhe as razões. Minha escoliose; hérnia de disco; bico de papagaio; o tombo; a licença médica; meus vinte e cinco anos já um tantinho distantes de mim. Enfim...

- Se a senhora não estava em condições de dirigir, porque não ficou em casa?! Esta maneira de colocar o cinto é incorreta e posso multá-la por isso.

O coloque corretamente! Falou incisivo.

Eu lhe disse NÃO!

- Tudo bem! Pode encostar ali mesmo. O carro está apreendido.

Pensei que ele estivesse brincando e sorri.

- A senhora está achando graça?! Isto é desacato!  Posso prendê-la, sabia?

Nossa Senhora, ele falava sério! A ficha caiu. Mais que depressa, coloquei o cinto corretamente. Pedi-lhe desculpas pelas brincadeiras, lhe perguntei se podia prosseguir minha viagem e ele sem se dar ao trabalho de responder, balançou a cabeça afirmativamente. Dei partida, lhe fiz uma careta e fui embora bem depressa.  Ainda bem que a essas alturas o trânsito fluía rápido. Olhei pelo retrovisor a tempo de ver um leve sorriso naquela cara amarrada.

Menos mal!

Finalmente cheguei a um posto de gasolina. Ao abrir o capô para o bombeiro colocar água para os limpadores,  o radiador estava fervendo e tudo ali fumaçava. No painel do carro não vi nenhuma luz acessa. - Eu preciso levar o carro pra revisão urgentemente. Conclui.

Conclusão: o motor teve que ser resfriado rapidamente, o radiador esvaziado para que a saída de ar fosse fechada corretamente, motivo do super aquecimento, segundo o funcionário do posto, o qual salvou a minha vida hoje, com toda  certeza.

Depois de tudo pronto, consertado e  reabastecido, me liberou para seguir viagem recomendando-me cuidado. Achei tão bonito!

Agora escrevendo sobre estes fatos que me aconteceram esta manhã, estou aliviada de não ter sido presa e nem ter morrido. Afinal tenho uma porção de coisas pra fazer sob o Sol de muitos dias e em noites de Lua cheia a começar de hoje.

Tem ''lual'' logo mais na casa da Tia Maria José, à beira Mar da bela Praia de Candeias! Oba!

 Depois conto como foi, caso aconteça algum fato interessante, Claro!


Recanto das Letras em 20/09/2013

Código do texto: T4490375 

* Na foto, coletada do Google, o Parque Dona Lindu.  

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

FORTE ATRAÇÃO



FORTE ATRAÇÃO
Ysolda Cabral
   

Tal qual um lençol de linho  branco,
bem lavado, passado, cheiroso,
o papel me atrai, me fascina...
Escrever é minha vida,  é minha sina!
Ah, já sei que ela está voltando!
 
Olhos de sono lacrimejando...
Preguiçosa, dengosa, bocejo,
é a inspiração que vai chegando,
carente de um beijo de Sol de meio dia...
O meu “Mundo Poesia” é  alegria!

Dedos  tímidos acariciam o teclado,
configuro a nova página, o  entrelinhas
e reinicio aquela velha história que dizia:
Daqui não saio, daqui ninguém me tira! 

Recife-PE 
19.09.2013
ysolda

terça-feira, 10 de setembro de 2013

UM CANTO TRISTE ( OU, O ÚLTIMO CANTO)


UM CANTO TRISTE
Ysolda Cabral



Leitos de rios nada claros...
Secos, escuros, silenciosos, sombrios,
na sinuosidade do nada absoluto,
gera luto agressivo, destemperado
a gargalhar impropérios inaudíveis.

A lua, sem reflexo, chora gotas de orvalho
sobre o tempo do medo, que chega cedo,
aterrorizando, com ilustrações burlescas,
chulas, agressivas e despropositadas,
destruindo toda pureza do amor e da poesia.

Rios de asneiras, sem eiras, nem beiras,
sem ribeiras que  trazem ira, raiva,
fazem sumir Vitórias Régias, não deixam nada!
Nenhuma brecha, fresta, tudo se veda
e tudo definitivamente acaba...

Na tentativa vã de mapear novos caminhos,
os leitos dos rios vão deixando rastro de tristeza,
de desolação, de destruição e indignação
nas Sereias, as suas margens, que,  agonizam
sem canto, sem beleza e sem mais ilusão.

O único pássaro a espreitar é o Urutau.
Ele, disfarçado de simples e feio pau,
a tudo assiste com ares de deboche.
É a morte que as entranhas lhe retorce,
Pra ter concretizada a sua maldição.


Recife-PE
10.09.2013
Apenas Poesia

********

Recanto das Letras
Eem 10/09/2013

Código do texto: T4475173 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

RESPONDA-ME





RESPONDA-ME 
Ysolda Cabral


Desde quando falamos só o que devemos?
Desde quando fazemos só o que queremos?

Desde quando temos apenas sonhos?
Desde quando somos totalmente verdadeiros?

Desde quando alguém nos entende?
Desde quando de alguém entendemos?

Desde quando somos só simpatia?
Desde quando somos só nostalgia?

Desde quando somos justos?
Desde quando somos mudos?

Desde quando somos ocos, moucos?
Desde quando somos loucos?

Desde quando somos bobos?
Desde quando somos rôtos?

Desde quando somos lordes?
Desde quando somos pobres?

Desde quando tudo é poesia?
Desde quando não sentimos agonia?

Desde quando o amor é só alegria?
Desde quando a vida é toda certinha?

**********

Recanto das Letras e FaceBook  em 05/09/2013
Código do texto: T4467983 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

PURPURINA NA ESCURIDÃO


PURPURINA NA ESCURIDÃO
Ysolda Cabral

 
Luz de vela;
Um jantar... Apenas.

Luz de lampião;
Noites do sertão...

Luz da lâmpada;
Na Cidade Luz...

Luz do farol;
Namorada no Cais...

Luz de Vaga-lume;
Purpurina na escuridão!

Luz da Lua;
Eterna canção...

Luz do Sol;
Um  novo dia!

A mais perfeita:

A do teu olhar,
Ao me ver chegar.

**********

Recife-PE
03.09.2013
Tarde Reedição


Recanto das Letras em 03/09/2013
Código do texto: T4464818


PENSANDO FLORES


PENSANDO FLORES
Ysolda Cabral


Gosto de todas as flores...
A Rosa eu acho exuberante, linda!
Ela é rainha em todas as cores.
Se o amor me manda, transbordo vida.

Já a Margarida me deixa triste,
Pelo destino terrível...
Dela esperam o bem me quer
Que sempre lhe custa à vida...

Ah, São tantas flores significativas!
Belas, delicadas... E as Orquídeas?
Saudades? Buganvília? Acácias?
E a Hortência?Todas tão lindas!

Penso na Flor de Cacto e por ela
O meu coração se enternece...
Meu rosto triste sorri e resplandece.
Que flor delicada e valente! Gosto dela. 

De repente a minha cabeça gira,
E gira ao me lembrar do Girassol
Que convencido se multiplica,
Pensando ser mais que o Sol...

E na colina florida que vi,
Sonho estar como você um dia,
Sorrindo amor, paz e poesia,
Em todas as horas da Ave-Maria.


Recife-PE
03.09.2013
ysolda


Recanto das Letras em 03/09/2013

Código do texto: T4464665 

MINHAS MÃOS



MINHAS MÃOS
Ysolda Cabral 


Vejo o tempo em minhas mãos
Bonitas, mesmo castigadas.
Ainda úteis, fortes, enérgicas,
E, que afagam com suavidade,
Como se tivesse tenra idade.

Com elas, por onde passo,
Deixo tudo mais bonito e arrumado.
Minha marca registrada, ou seria toque?
Elas fazem o meu retrato fiel, ordenado,
Um tanto incompreensível e abstrato...

Ajudam-me a escrever o que dita a minha alma.
Assim vou registrando e vivendo dia após dia
Vendo o tempo passar entre meus dedos sem ironia
Como luvas finas que usamos ao casar
Pelo simples ato de usar.

Ah! Minhas mãos...
Gosto tanto delas que quando as olho
Sofridas, calejadas pela vida e pelo violão,
Sinto orgulho e logo faço em sua homenagem,
Uma linda canção.

Ah! As minhas mãos...
- Onde estão?
Bem aqui traduzindo emoção.
Ou será que não?

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Recife -PE
03.09.2013
Amanhecer em reedição

Recanto das Letras em 03/09/2013

Código do texto: T4464360 

NOS MARES DA SORTE


NOS MARES DA SORTE
Ysolda Cabral


A utilidade desperdiçada
A inutilidade reverenciada
A futilidade dando ordem
E a hipocrisia que vigora

Assola
Transborda
Convoca a sufocar

A ala não é da baiana
A semana não é pré-natal
As fantasias são aterrorizantes
Além de estar longe o carnaval

Com ou sem dano
Acreditando na sorte
Nalgum lugar iremos chegar

E nos mares do sul ou do norte
Rogamos não haver morte
Quando estivermos por lá.

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Recife-PE
03.09.2013
Madrugada em reedição

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Recanto das Letra  em 03/09/2013

Código do texto: T4464288