TOC... ISOLE A SORTE
Ysolda Cabral
Indolência
Nenhuma eloquência
mais
Inconsequência em
todos os canais
Sequência de
inconveniências
Muitos ais!
Saudade trôpega, bêbeda
Estupenda asneira
Cadê a merenda?
Calor infernal
Sorvete à mesa... Plural
Não há mesa, nem
cadeira
Nem rede pra balançar
Nem espreguiçadeira
há!
Sem eira e nem beira
Brama o Mar na areia
Conchas e pedras
Brancas e negras...
Estrelas carentes,
cadentes
Sem brilho, sem cor,
sem luz
Só canseira!
Vislumbro Sereias...
Feias, mal feitas
Desafinadas,
descamadas, tristes
Pérolas desbotadas
Pendem de colos
decaídos
Tristes Mitos...
O barco é de madeira
Aproveita! Toc, toc, toc
Isola a sorte, a
morte...
Penso em você
Perco o norte.
Recanto das Letras em
16/05/2013
Código do texto: T4294138