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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CARÊNCIA





CARÊNCIA
Ysolda Cabral 


Suspirando de saudade,
De um amor nada efêmero e empírico,
Exclusivamente no sentido filosófico,
Entreguei-me a devaneio declarado.

O botão de rosa laranja pálido,
Estático, esquálido,
A minha frente no jarro,
Parece um quadro.

- Que triste!

Sem vida e sem perfume,
Sem alegria e sem perspectiva...

O jarro eu destruo.
E os meus sonhos?

- Você existe?!

**********

Recanto das Letras em 12/02/2013
Código do texto: T4136719