PIPA DE PAPEL
Ysolda Cabral
Tantos sonhos,
Tantos planos
Levados pelo Tempo
Pelo Vento...
Ora brisa
Ora vendaval
Natal...
Período crucial
Convencional
Divinal...Surreal
Voando com o tempo
Subindo, indo, indo...
Nada intervindo
Eu e você,
Minha pipa de papel,
Num dia de Sol infindo.
PIPAS
Odir Milanez
Colorida de tons os mais diversos,
desejosa de luz, de mais altura,
por que quem te criou, ó criatura,
em lanços morrediços e perversos,
fez-te refém de
ventos vãos, dispersos,
a te levar do Olimpo à sepultura,
para depois cantar-te a formosura
do teu vôo final, refeito em versos?
Se entre nuvens nimbosas te abrigaste,
que fizestes das cores que levaste,
dos lisos talos, das lustrosas ripas?
Ou será que nos céus
onde voaste,
há lugar reservado, o quanto baste,
para o descanso santoral das pipas?
JPessoa/PB/
11.12.2012
oklima
Publicado no Recanto das Letras 08/12/2012
Reeditado em 11/12/2012
Código do texto: T4026602
Classificação de conteúdo: seguro